Amor e amizade: é preciso ser o melhor amigo?

 O amor e a amizade caminham juntos?

Amor e amizade: é preciso ser o melhor amigo? Não é raro ver nas redes sociais fotos idílicas de amigos próximos com legendas como “Casei com meu melhor amigo” ou “Hoje comemoro dez anos com meu melhor amigo”. Mas será que isso está correto? Amor e amizade andam sempre de mãos dadas?

Amor e amizade: o que dizem os especialistas

É inegável que um forte vínculo de amizade entre dois parceiros é algo comum e desejável. No entanto, é necessário que essa pessoa seja seu melhor amigo? Segundo os especialistas, a resposta é não. Embora a amizade seja um aspecto positivo em um relacionamento, outros fatores, como o desejo, são fundamentais para consolidar a união. E, ao contrário do que se poderia pensar, o desejo nem sempre está presente em um melhor amigo. Na verdade, na maioria das vezes, ele não está.

Casal: a amizade sem atração funciona?

Ao refletir sobre isso, a diferença entre um melhor amigo e um parceiro romântico está justamente no desejo, na atração sexual intensa que surge entre dois parceiros. Essa atração, muitas vezes, aparece antes mesmo de conhecermos profundamente a outra pessoa, muito antes de se desenvolver um vínculo que possa incluir um forte sentimento de amizade.

Claro que isso não significa que uma amizade não possa se transformar em amor. Pelo contrário, isso acontece com frequência, às vezes após anos de convivência e proximidade. Histórias de amor podem começar de maneiras diferentes: algumas surgem de uma amizade profunda, enquanto outras têm origem em uma forte atração sexual.

Quando o amor nasce da amizade

No caso em que o amor surge da amizade, o vínculo é fortalecido por uma sintonia e compreensão mútua, onde o conhecimento profundo do outro, com o tempo, leva à paixão. Já quando o relacionamento começa com uma forte atração física, não há garantia de que essa paixão resultará em um vínculo duradouro. A chama pode se apagar após alguns encontros, quando você percebe que, apesar do desejo, falta uma conexão psicológica. Mas considere o seguinte: ao imaginar a possibilidade de se apaixonar, você pensa primeiro em um estranho atraente ou em alguém com quem já compartilha uma conexão?

Amor e amizade: o papel do condicionamento

Muitas vezes, o que acreditamos sobre o amor é influenciado pela cultura em que vivemos. Romances, filmes e peças de teatro frequentemente retratam o amor como algo que nasce de uma paixão avassaladora, que culmina em casamento. Esse tipo de narrativa nos condiciona a pensar que a paixão intensa é a única forma válida de amor.

Com o tempo, porém, percebemos que isso é apenas um clichê. Aquela pessoa idealizada, com quem tanto sonhamos, pode não ser mais do que uma projeção de nossos desejos. E descobrimos que o que realmente torna uma união especial não é apenas a atração, mas a conexão psicológica, a confiança e a lealdade inerentes à amizade. Enquanto a paixão pode diminuir, a amizade fortalece o relacionamento e o torna mais duradouro.

Amar ao longo do tempo

No entanto, é importante ressaltar que isso não significa que você deve necessariamente se apaixonar pelo seu melhor amigo. O essencial é aprender a amar verdadeiramente um ao outro, permitindo que o vínculo se fortaleça com o tempo. Isso envolve aceitar as diferenças, abrir-se para o outro e dar espaço não apenas para a paixão, mas também para o desenvolvimento de uma amizade sólida.